sábado, 18 de dezembro de 2010

Mario Quintana

O MAPA

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Desde já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

- Mario Quintana -

1 comentários:

Anônimo disse...

Olá postei esta foto e este poema la no Poeta Duda e ainda fiz uma homenagem a você e aos seus la na Comunidade... Ainda tem mais rsrsrsrs... Parabenssssssss

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