quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
Caio F. Abreu
"Para continuar vivendo,
preciso da parte de mim
que não está em mim,
mas guardada em você ..."
- Caio Fernando Abreu -
preciso da parte de mim
que não está em mim,
mas guardada em você ..."
- Caio Fernando Abreu -
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
terça-feira, 9 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
sábado, 6 de agosto de 2011
RECEITA PARA UMA UNIÃO FELIZ
RECEITA PARA UMA UNIÃO FELIZ
Quem quiser conhecer mesmo a evolução do mundo feminino nos últimos tempos basta fazer uma pesquisa tomando como base músicas do passado. As letras, é claro.
Outro dia acordei me lembrando de uma delas - isso me acontece às vezes -, e me diverti. Não sei quem foi o compositor, mas ele era um gênio (e mais folgado, impossível). Faz uma grande declaração de amor, nos moldes dele, à Celina, e penso que nenhuma mulher, nos dias de hoje, é venerada como ela foi. Começa assim: "Mulher, mulher é Celina, as outras são imitação" - até aí, tudo bem, tudo lindo, mas emenda com "me lava os pés quando chego, e me chama de papai". Alguma mulher recebe seu homem assim? A declaração continua: "duvido que as outras façam o que a Celina me faz, e por causa da Celina de tudo eu serei capaz". Pena que a revista não tenha áudio - ainda. Vamos combinar: algum homem, nos últimos tempos, disse a alguma mulher que por ela seria capaz de tudo? É claro que não; elas, que se queixam tanto dos homens, tinham que aprender com Celina, mas pensa que acabou? Não duvide, pois Celina fazia ainda mais, muito mais. "De manhã me faz a barba, de tarde me dá beijinho, engoma o meu terno branco, e eu saio bonitinho", diz o samba. E tudo isso, penso eu, sem pedir nada em troca, sem querer que ele assuma seu lado feminino, que ajude a lavar os pratos, sem discutir a relação, tem melhor do que a Celina? É claro que esse homem devia ser muito especial, para ter uma mulher com quem não dividia as despesas - "mulher minha não trabalha fora", ele devia dizer -, e que só pensava em uma coisa: fazer feliz o homem que amava, grande Celina. E vamos agora ao grand finale: "Se eu finjo ficar zangado, ela diz que sou um à toa", e conclui "você pode chegar muito tarde, que lugar de homem é no meio da rua", e aí vem o breque, "Celina".
Uma obra-prima, e penso que foram as tantas comemorações do dia, ou do mês ou do ano, nem sei mais, da Mulher - com maiúscula - que me fizeram lembrar desse samba e fazer uma pequena homenagem aos homens. Não são as mulheres que têm do que se queixar, mas sim eles; qual a mulher, em 2011, que engoma o terno do marido para ele sair bonitinho? Elas são emancipadas, livres, têm os mesmos direitos que eles, como queriam, e ainda reclamam? Celina não reclamava de nada, e parecia ser bem feliz.
Mas esse homem também devia ser o máximo - e qual o homem, em 2011, é assim? Eles hoje chegam em casa cansados, falando da troca do presidente da Vale, da taxa Selic, se a usina de Belo Monte deve ou não ser construída, se a importação de produtos da China está atrapalhando o comércio do Brasil. Qual a mulher que quer saber dessas coisas? Só Dilma. Quando ele chegava em casa, Celina, enquanto lavava seus pés, devia ouvir as mais ternas e safadas declarações de amor, e é disso que mulher gosta, aliás, gostava. Se as mulheres aprendessem com Celina, a vida conjugal poderia ser muito mais bela, e isso sem nem falar da heroína nacional, Amélia, que achava bonito não ter o que comer. Qual, já não se fazem mulheres como antigamente. E nem homens.
(Autora: Danuza Leão)